Teu corpo...
Ladeia o meu como ilha
Rodeia meu coração
Fecha-me todo
E assim vejo-me sem escapatória
Cela gostosa e ardente
Exalta o furor na gente...
Se posta fora
Nos quebra a corrente
Segundos sim...
Mas valem uma vida.
Um minúsculo instante de prisão
Em seguida a realidade...
E nos vemos presos a esta transação.
A matéria só do corpo
Graça não tem
Tem que chegar a envolver o coração
Se não for assim...
Nada tem valor nesta gostosa sensação.
CULULU - Lúcia Helena - Poesia publicada no Livro Poesias Brasileiras - Vol. 2
Premio Ebrahim Ramadan- Editora Rio Pretense-2003
p.-109
Ave, poetisa!
ResponderExcluirQue o universo conspire para que seu talento seja constante e que, reconhecido, seja premiado... não com prêmios materiais (ainda que eu deseje que você os conquiste, porque tenho plena certeza que você é merecedora), mas com o reconhecimento da alma dos privilegiados que tenham acesso as suas belas poesias. Agradeço aos céus por ter tido a possibilidade de lê-las. Mal posso esperar para conhecê-la pessoalmente e ter a oportunidade de beber de seus conhecimentos.
Jarina Mallenge