À todos que me visitarem...

Nosso cérebro é o melhor brinquedo já criado: nele se
encontram todos os segredos, inclusive o da felicidade. ”
-- Charles Chaplin --


É aqui que guardo e trago o amor, as dores, as cores e o sabores das palavras, sons e gostos para partilhar com vocês que sempre me visitam.

Sejam bem vindos sempre

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

" Feito Ébano e Márfim "





Negro à veste da vista que vai...
Ao longe... em busca de seu par...
Corre o mundo sem parar
Porque só... já não pode mais !!!

Se desnuda para encantar
E se entrelaça... de par a par
Prova sabores e gostos de vários amores
Sem nada encontrar

Gira o mundo... roda sem parar
Veste  mil faces para o amor achar
Mas volta-se e ... Todo nú estás
Em preces com mãos estendidas
Jura na volta do tempo...
Recomeçar

Cruza caminhos... faz-se brilhar
Valseando a canção que faz recordar
Não desiste dessa luta travar
E ainda em busca...
Crê... irá encontrar

Corpos jogados e entrelaçados
Em noite enluarada...
Que o dia logo trará
Agora completos... Num gozo total
Já sabem por sorte não mais se deixar

Mistura de cores... sabores... amores
As cores se juntam prá uma só formar
Completo presente que o amor refaz...
O Ébano ao Márfim irá se juntar...
E a canção então assim se fará...


                              CULULU  -  Lúcia Helena

sábado, 13 de fevereiro de 2010

" Um Ato ao Amor "



Teu corpo...
Ladeia o meu como ilha
Rodeia meu coração
Fecha-me todo
E assim vejo-me sem escapatória

Cela gostosa e ardente
Exalta o furor na gente...
Se posta fora
Nos quebra a corrente

Segundos sim...
Mas valem uma vida.
Um minúsculo instante de prisão
Em seguida a realidade...
E nos vemos presos a esta transação.

A matéria só do corpo
Graça não tem
Tem que chegar a envolver o coração
Se não for assim...
Nada tem valor nesta gostosa sensação.


                              CULULU  -  Lúcia Helena  -  Poesia publicada no Livro Poesias Brasileiras - Vol. 2
                                                                            Premio Ebrahim Ramadan- Editora Rio Pretense-2003
                                                                            p.-109

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

" R E V E L A Ç Ã O "



Arqueados os corpos
Eles se vão...
Assim como pétalas ao vento.
Ao norte, ao sul, talvez assim...
Sobrevoam o tempo, ou seja, ao tempo.
Entrelaçados... talvez sejam um.
Ou seriam dois que se encaixam no ar?
E eu vou, aonde não sei...
Vou em busca de algo, de nada...
Ou seria um talvez?
Quem sabe no vento a resposta eu ache,
Encaixe,
Me ajeite de vez....
O tempo se vai, no tempo me vou
Ao Leste, Sudeste, assim talvez...
Aonde haja luz, calor, teu amor...
Sim, assim onde possas estar
Vou estar ao teu lado
Ou em ti entrelaçado
Mas de corpos grudados
E nossa nudez como nunca
Será revelada...



             CULULU  -  Lúcia Helena  - poesia publicada no Livro Coletânea - Poesias Brasileiras - Editora Casa do Livro Editora( São José do Rioo Preto-SP) - ano 2001, pg 55

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

" 00:00h ... Um marco que vira a hora do amor "



A noite se finda...
E o dia já chega...
No ir e vir de um badalar
O relógio feliz canta as horas
Que fazem a alma vibrar
O corpo sonhar
E o coração fortemente pulsar
E eu
Simplesmente me preparo
Pra versos bem simples te falar
Dizer a voce feito pura canção
Que a Terra é feliz por ter voce
Rabisco frases que brotam na mente
Feito pequenas sementes
Que trás a lembrança
O que o amor nos faz partilhar....
A cerva gelada
O riso suave
Limão na pipoca à espera do sal
As mãos que se juntam
E grudam ao corpo
Passeiam sem pressa
Só pra o luar ficar a vislumbrar
Estrelas cadentes
Estrelas que trazem a mente
Que o brilho existente
É pra de ti eternamente lembrar
A pequenez da flor amarela
Tirada com amor pra te entregar
E no no meio de nós seu aroma espalhar
Cai na lembrança é só o dia chegar
Mistura as horas que findam a noite
Mistura o dia depois da virada
E na espera somente voce vem comigo ficar
Sorriso aberto e encantador
Feliz por sentir que existe o amor
É assim que amo... na simplicidade
De gestos pequenos
Mas que n' alma gravam
De falas miúdas
Mas que ao coração faz vibrar
Basta estar junto
Um olho no olho...
Um abraço forte
A mão que te tira arrepios da pele
E na timidez de um olhar que se cruza
O rubor na pele faz a cor mudar
À noite vem vindo... de novo  chegando
Coração acelera porque te terei
No marco que zera o corpo se entrega...
Dois corpos se prendem sem medo de amar
Feliz por saberem
Um ao outro se doarem
Voce na virada da noite se entrega feliz
Eu no começo de um novo dia... me vejo sorrir
E assim dia a dia o amor cresce mais
E eu puramente venho assim
Com versos bem simples
Feito uma canção que só
Quem ama consegue ouvir e entender
Mesmo que no silencio apenas a sintam
Que tudo na lembrança se eternizará
Mas nada no mundo irá apagar
O amor que já é um todo
O meu que é teu... Todo por inteiro
E o teu que está em mim... como alma a guiar
E é só assim com versos bem simples...
Palavras suaves
Que o mundo inteiro irá perceber
O tamanho do amor que por ti
Existe em mim...


                                 CULULU  - 2010  - Lúcia Helena